Projeto de Impermeabilização – Parte 2: Quais os principais tipos? Como fazer? Quais as etapas? Quais principais normas?

Na parte 01 deste artigo, trouxemos uma breve explicação sobre o projeto de impermeabilização e sua importância.

Abordamos o conceito de impermeabilização, de seu projeto e da sua importância, e terá uma visão geral dos principais tipos disponíveis.

Na parte 02 deste artigo, trouxemos mais detalhes sobre os tipos de impermeabilização disponíveis, seu projeto e execução.

Ao final da leitura, você vai conhecer os principais tipos de impermeabilização disponíveis. Vai entender como fazer um projeto de impermeabilização, quais as etapas de sua execução na obra, principais normas técnicas utilizadas.

Quais os principais tipos de impermeabilização?

O sistema flexível de impermeabilização é mais indicado para as áreas que podem apresentar fissuras, variações térmicas, vibrações ou exposição solar intensa.

Sendo mais recomendado para áreas como reservatórios superiores, varandas, coberturas, lajes e pisos. Neste tipo de sistema, são utilizadas mantas e membranas compostas por elastômeros e polímeros.

O sistema rígido de impermeabilização não suporta variações térmicas e vibrações, o que o torna inadequado para locais com fissuras ou trincas logo não é compatível com a estrutura da construção.

Todavia, é uma excelente opção para áreas com cargas já estabilizadas, como poços de elevador, piscinas enterradas e reservatórios inferiores.

Agora, aprenda um pouco mais sobre cada tipo de produto para impermeabilização:

Hidrofugantes:

É um sistema muito funcional que pode ser aplicado em diversos tipos de superfícies e gerando uma tensão superficial na estrutura, promovendo o escoamento rápido da água.

Eles impedem a adesão da água à superfície, deixando-a completamente seca.

Recomendado para concretos e fachadas prediais com revestimentos cerâmicos ou texturas. Tem como vantagem seu baixo custo.

Membrana de Poliuretano:

De aplicação simples, sem necessidade de fonte de calor, possui alta resistência mecânica, térmica e química. Recomendado para impermeabilização de lajes.

Argamassa Polimérica:

Composta por cimento, agregados minerais e aditivos poliméricos acrílicos, é recomendada para impermeabilizações hidrostáticas de pressão positiva e negativa.

De aplicação simples, é feita a frio com uso de rolos e telas de poliéster.

Emulsão Asfáltica:

Sistema de fácil utilização, pode ser aplicado como pintura, possuindo alta aderência, poder de cobertura e secagem rápida.

Manta Asfáltica:

Material pré-fabricado, onde a aplicação é feita a quente para melhor aderência. Entre suas vantagens estão: a praticidade, facilidade de aplicação e elasticidade, sendo recomendada para lajes e telhados.

Membrana Acrílica:

Pode ser aplicada diretamente a frio e em forma de emulsão. Indicada para qualquer tipo de revestimento de pressões hidrostáticas positivas.

Como fazer um Projeto de Impermeabilização?

A norma NBR 9575 (Impermeabilização – seleção e projeto), estabelece que o projeto de impermeabilização é composto pelo projeto básico e pelo projeto executivo.

O projeto básico deve incluir a localização das áreas a serem impermeabilizadas, detalhes construtivos e informações sobre a tipologia de impermeabilização adotada.

Já o projeto executivo deve apresentar a representação do sistema escolhido, descrição detalhada do processo de execução, planilhas com os materiais necessários, quantitativo de materiais e serviços.

A quantidade de materiais e serviços deve ser calculada com base no rendimento do produto utilizado e na área a ser impermeabilizada, consultando as informações fornecidas pelo fabricante para realizar um levantamento preciso.

Quais as etapas da impermeabilização?

Após a elaboração de um projeto de impermeabilização sua execução consiste em:

Preparação da superfície

A superfície a ser impermeabilizada deve ser limpa, seca e livre de poeira, óleo e outros resíduos, assim como segue as orientações da NBR 7200 (Execução de revestimentos de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – procedimento).

A lavagem pode ser feita com escovação, jato d’água sob pressão, espátula, escova de cerdas de aço ou jato de areia, dependendo do tipo de sujeira a ser removida.

Também é importante verificar se há trincas ou fissuras para corrigi-las antes da aplicação do material impermeabilizante.

Além disso, é necessário manter uma declividade mínima de 1% na superfície para garantir que a água possa ser escoada.

Em alguns casos, é necessário aplicar um primer ou uma camada de aderência antes de aplicar o material impermeabilizante para garantir uma boa aderência e durabilidade.

Aplicação do material impermeabilizante e da proteção mecânica

A aplicação dos impermeabilizantes na superfície é baseada no projeto de impermeabilização e nos detalhes específicos da construção que foram levantados durante a execução.

Por isso, é importante aplicar o sistema impermeabilizante de acordo com o que já foi estabelecido, respeitando todas as orientações do fabricante. Garantindo-se que o produto será aplicado corretamente e que a impermeabilização será eficaz.

Sobre os métodos de aplicação, eles podem variar de acordo com o tipo de material escolhido, podendo ser aplicado por rolo, pincel, espátula ou spray.

Em certas circunstâncias, é preciso utilizar uma proteção mecânica para resguardar a camada de impermeabilização aplicada, como uma camada de argamassa ou uma

manta.

Testes de estanqueidade

Após a aplicação do produto impermeabilizante, é fundamental aguardar o tempo de cura indicado pelo fabricante antes de realizar o teste de estanqueidade, que é fundamental para verificar a eficácia da impermeabilização.

Assim, de acordo com a NBR 9574 (Execução de impermeabilização) é recomendado realizar um teste de estanqueidade com água limpa por um período mínimo de 72 horas, a fim de identificar possíveis falhas na execução do tipo de impermeabilização utilizado.

Se não houver sinais de infiltração após esse período, pode-se considerar que o sistema de impermeabilização foi bem-sucedido.

Manutenção periódica

É importante realizar a manutenção periódica do sistema de impermeabilização para garantir sua durabilidade e eficácia ao longo do tempo.

Ela consiste em inspecionar a superfície impermeabilizada, identificar possíveis danos e realizar as devidas correções, além de manter a superfície limpa e livre de entupimentos.

A frequência das inspeções varia de acordo com a utilização e a exposição da superfície impermeabilizada, mas geralmente é recomendado que sejam realizadas pelo menos uma vez ao ano, ou a cada seis meses em casos de áreas de grande circulação ou expostas ao ambiente.

Na inspeção, deve-se verificar se há presença de trincas, fissuras, deslocamentos ou desgastes no sistema de impermeabilização. Em caso positivo, é necessário realizar as devidas correções e reparos.

Além do mais, também é importante manter a superfície impermeabilizada limpa e livre de entupimentos que possam comprometer o escoamento da água. Por exemplo, em lajes impermeabilizadas, é recomendado realizar a limpeza das calhas e ralos para evitar o acúmulo de folhas e outros resíduos.

Quais principais normas de impermeabilização?

NBR 9575 | Impermeabilização – seleção e projeto

NBR 9574 | Execução de impermeabilização

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